Ministros atacam pesquisas e minimizam crimes, enquanto Lula busca aprovação.



O governo Lula enfrenta críticas após declarações controversas de seus ministros e tentativas de melhorar a imagem do presidente. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desqualificou uma pesquisa que apontava sua alta reprovação no mercado financeiro.

Haddad questionou a validade da pesquisa, minimizando o levantamento e insinuando que não possuía rigor técnico. A pesquisa revelou que a reprovação ao ministro atingiu 58%, enquanto a aprovação despencou para 10%.

"Dizer que isso é uma pesquisa é dar um nome muito pomposo para uma coisa que deve ter sido feita em 15 minutos ali, num bairro. Uma pesquisa com 100 pessoas, não dá para dar o nome de pesquisa. Isso você faz em uma mesa de bar", disse o ministro Haddad.

Simultaneamente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, causou indignação ao afirmar que a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar, em resposta à crescente criminalidade, onde criminosos matam para roubar celulares.

A declaração ocorreu após a exibição, em um programa matinal, da extensa ficha criminal de um criminoso que foi preso 16 vezes e, em todas elas, foi solto pela Justiça.

"é um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal, e o Judiciário é obrigado a soltar", disse o ministro Lewandowski.

Em meio às críticas, Lula busca melhorar sua popularidade, especialmente após a repercussão negativa de uma declaração sobre jovens que cometem crimes. O presidente defendeu a PEC da Segurança Pública, visando maior participação do governo federal no combate ao crime. A estratégia inclui gestos como a participação em eventos religiosos, na tentativa de atrair o eleitorado evangélico.

O governo tem sido amplamente criticado pela ala conservadora, que o acusa de ineficiência na gestão econômica e de leniência com a criminalidade, enquanto busca alternativas para recuperar a aprovação popular.

O governo Bolsonaro, que muitos consideram ter sido um período de maior firmeza e responsabilidade, é frequentemente contrastado com a atual gestão.

*Reportagem produzida com auxílio de IA