Nesta sexta-feira (28), o senador Efraim Filho encerrou a semana com uma reunião estratégica ao lado de ACM Neto e Ciro Nogueira, líderes nacionais do União Brasil e Progressistas (PP), respectivamente. O encontro teve como pauta o cenário político nacional, a agenda do Congresso e, principalmente, as negociações sobre a possível federação entre os dois partidos.

A publicação de Efraim nas redes sociais, destacando o desejo de ver sua liderança respeitada, deixou evidente a tensão que paira nos bastidores. Na Paraíba, Efraim trava uma verdadeira guerra fria com Aguinaldo Ribeiro, presidente do PP no estado, e a disputa pelo comando da federação em 2026 promete ser acirrada.

O desejo de protagonismo de Efraim não é mera retórica. Como líder do União Brasil no Congresso, ele tem mostrado força política e busca consolidar sua posição nacionalmente. No entanto, Aguinaldo Ribeiro, um dos principais articuladores do Progressistas, não pretende abrir mão de seu espaço político. A federação, caso consolidada, poderá redefinir o equilíbrio de forças na Paraíba, e ambos os parlamentares sabem que quem assumir o comando da nova estrutura terá maior poder de articulação e influência política.

A fala de Efraim após a reunião também revela uma estratégia de posicionamento para reafirmar seu peso político, não apenas na Paraíba, mas em âmbito nacional. Ao mencionar que busca o respeito pela liderança construída, ele manda um recado direto: não aceitará ser coadjuvante em um possível arranjo político que favoreça Aguinaldo.

Por outro lado, Aguinaldo Ribeiro tem sua própria trajetória consolidada e conta com forte apoio dentro do Progressistas. Sua habilidade de articulação já foi demonstrada diversas vezes, e ele certamente não abrirá mão de um protagonismo que vem cultivando há anos.

A verdade é que essa disputa interna é também uma batalha por espaço e relevância dentro de um novo cenário político. A federação entre União Brasil e Progressistas não se resume a um simples acordo de siglas, mas ao controle de estruturas partidárias que garantem capital político para 2026.

O encontro foi considerado positivo por Efraim, mas é nítido que os desdobramentos ainda vão depender de muitas rodadas de negociação. A postura do senador mostra que ele está disposto a lutar para que sua trajetória política não seja ofuscada por uma articulação que possa beneficiar Aguinaldo.

O que está em jogo não é apenas o comando da federação, mas o futuro político da Paraíba e a consolidação de lideranças que pretendem se destacar na próxima eleição. Enquanto isso, o cenário segue indefinido, com Efraim e Aguinaldo travando uma disputa silenciosa e estratégica pelo controle da federação em 2026.